Política

Prefeito do PT dá apenas R$ 3 para servidor almoçar

Publicado em 24/05/2011, às 11h18   Redação Bocão News


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Servidores públicos de Mauá, cidade da Grande São Paulo, que recebem até R$ 1.700 - o equivalente a duas vezes o piso municipal, de cerca de R$ 850 - têm de fazer malabarismo para conseguir almoçar com R$ 3,18 pagos por dia trabalhado pelo governo Oswaldo Dias (PT). Nesta segunda-feira (23), a prefeitura publicou decreto em que a administração homologa o valor do auxílio-alimentação aos servidores.

Dos 6 mil funcionários municipais, cerca de 2 mil recebem a quantia irrisória. O decreto 7587, de ontem, altera o de número 6465, de agosto de 2003 (da segunda gestão de Oswaldo), que garantia R$ 2,20 para refeição do servidor. Com isso, a medida do petista, que entra em vigor a partir de hoje, assegura reajuste insignificante de R$ 0,98 em oito anos.
Com o valor, pago mensalmente na folha salarial, o trabalhador mal consegue comer um salgado e refrigerante. A única opção aos funcionários que desejam fazer uma refeição é ir ao Restaurante Popular, programa do governo federal onde o prato e o suco saem por R$ 1.

O valor daria para comprar dois churrascos gregos, com o suco incluído. Prato feito, nem pensar, já que a refeição pronta em qualquer comércio da cidade não sai por menos de R$ 7, sem direito à bebida.
O artigo 134 do decreto de 2003 deixa claro a que se refere o valor pago: "O auxílio-alimentação destina-se a subsidiar as despesas com refeição do servidor, sendo-lhe pago em pecúnia, através de crédito em folha de pagamento, em título próprio, no mês anterior ao de utilização, na proporção dos dias efetivamente trabalhados".
O presidente do Sindicato dos Servidores, Jesomar Alves Lobo (PCdoB), admite que o valor é irrisório, mas foi o máximo negociado. "É claro que não é o ideal, mas foi o que o deu para conseguir da prefeitura. Eles dizem que não têm verba para dar mais", explicou.

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