A bancada governista na Câmara Municipal de Salvador (CMS), que andava um tanto quanto dispersa, saiu fortalecida após a “maratona” da semana passada. Prova disso foi a votação dos últimos quatro projetos do Executivo, quando o grupo liderado por Téo Senna (PTC) varou a madrugada para atender a
demanda do Thomé de Souza. “Realmente estamos mais fortes. O momento é bem diferente do início do ano. Agora, a nossa Casa Civil está afinada e o bloco parlamentar entendeu a importância de manter a unidade. Além disso, temos o apoio do governo do estado e vamos preparar a cidade para a Copa de 2014”, avalia o vereador.
Além do próprio Téo Senna, o “time” de João Henrique na Câmara tem mais dois nomes de peso: Pedro Godinho (PMDB), presidente da Casa, e Alfredo Mangueira (PMDB). O primeiro é responsável por criar condições favoráveis para a interlocução entre os poderes. E o segundo faz todo o trabalho dos bastidores, que inclui o processo de convencimento e o corpo a corpo com os demais vereadores.
Outra peça chave da “engrenagem” é João Leão. Além de por ordem na Casa Civil, ele diminuiu a distância entre o Thomé de Souza e o Palácio de Ondina. A aproximação permitiu (entre outras coisas) a votação do
Parque Tecnológico, tão sonhada pelo governo petista, e a celebração do novo acordo entre município e Embasa, que vai promover um
up grade nas finanças da prefeitura.
O apoio dos partidários de Jaques Wagner à administração municipal é incontestável. Depois que o prefeito João Henrique se filiou ao PP, a bancada da oposição na CMS mudou o discurso e passou a atuar de forma “propositiva”. O único ponto de tensão são as vereadoras Olívia Santana e Aladilce de Souza, ambas do PCdoB. Como já foi dito aqui no
Bocão News, a relação entre
“companheiros” e “camaradas” sofre o desgaste da sucessão municipal.
Mesmo assim, por enquanto, os “ventos” sopram a favor da prefeitura no poder Legislativo da capital baiana.
Foto: Gilberto Júnior/Bocão News