Política

Cunha admite atraso no início dos trabalhos das comissões permanentes da Câmara

Publicado em 17/01/2016, às 07h49   Redação Bocão News (@bocaonews)



O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende atrasar o andamento das 23 comissões permanentes temáticas da Câmara dos Deputados, que têm como objetivo discutir e deliberar sobre projetos de lei.   O parlamentar disse ao G1, que aguardará o julgamento do recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer a decisão da Corte que proibiu votação secreta e chapa alternativa na eleição para a comissão do impeachment, conforme matéria assinada pelas jornalistas Fernanda Calgaro e Nathalia Passarinho. 
As comissões deveriam ser retomadas após o recesso legislativo, em fevereiro. Cunha informou que esse julgamento também afeta as eleições realizadas para as comissões da Câmara, já que, em tese, seguem as mesmas regras. O recurso, no entanto, não tem prazo para ser avaliado pelos ministros do STF. O presidente da Câmara pretende liberar as comissões permanentes para realizarem eleições para presidente, só após a análise do recurso do STF. O argumento do pemedebista é que a decisão do Supremo não esclarece se o voto aberto vale também para a eleição das comissões permanentes e o que acontece caso a chapa oficial, com indicação dos líderes, seja rejeitada. Para o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, porém, o julgamento não deixa "margem" para dúvidas.
As vagas das comissões são distribuídas entre os partidos de acordo com o tamanho da sua bancada eleita e em todo início de ano a composição das comissões deve ser renovada.“Vou aguardar [a decisão sobre o recurso]”, disse Cunha, admitindo que irá atrasar as comissões, mas descartando que a atitude é uma forma de pressionar ou apressar o STF. 
Publicada no dia 16 de janeiro de 2016, ás 16h

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