Política

Renata Mallet diz que recebeu mais de 300 comentários machistas no Facebook

Publicado em 23/01/2016, às 12h35   Tamirys Machado (Twiter: @tamirysmachado7)


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A pré-candidata a prefeita de Salvador, Renata Mallet (PSTU), foi alvo de comentários de cunho machista em sua página no Facebook. Segundo Mallet, os ataques iniciaram após ela emitir uma nota em solidariedade à página 'Feminismo sem demagogia', que foi excluída da rede social e posteriormente reintegrada. Ao Bocão News, a bancária classificou a situação como “lastimável”. “A página ‘Feminismo sem demagogia’, na qual eu também faço parte, tem o caráter de trazer a discussão na luta contra o machismo. Não faz o debate da mulher contra o homem, ao contrário, entende-se que é uma discussão de toda a sociedade”, disse.  
“No entanto existem muitos grupos e alguns são fakes que perseguem essas páginas para tentar derrubá-las. Eles fizeram vários comentários que estimula o ódio de gênero e ódio político, inclusive que mulher tinha que apanhar”, contou. Conforme Renata Mallet, foram mais de 300 comentários deste cunho. “Apaguei alguns, fiz prints de outros para elaborar uma nota de repúdio”, afirmou. 
Além disso, a pré-candidata disse que está discutindo com o partido a abertura de uma ação judicial, no entanto a prioridade agora é fomentar a discussão política do machismo e o ataque às mulheres dentro das redes sociais. Indagada sobre se a pouca inserção das mulheres na política fortalece o machismo, ela diz que “não há uma política interna no partido em relação ao fortalecimento das mulheres. "Ultimamente tentam reverter isso, mas alguns de forma oportunista. Tentam aparentar que tem um trabalho votado para as mulheres, mas não tem de fato”, disse. 
Hoje, o Bocão News noticiou que os partidos DEM, PSDB, PMDB, PT, PCdoB e PTB podem perder até 10 minutos em suas propagandas partidárias por descumprirem a cota feminina. Conforme a regra da lei eleitoral, 10% do tempo total das inserções de propaganda partidária em rádio e televisão tem que ser utilizado para promover e difundir a participação política da mulher. Renata Mallet, no entanto, diz acreditar que esse cenário tende a mudar. “As mulheres estão nas ruas e isso obriga as mudanças. Não basta apenas dar poder, é necessário que a mulher empoderada defenda realmente uma política feminista e classista que lute pela mulher trabalhadora. Não é a burguesa que sente falta da creche, é a mulher que trabalha para sustentar a família”, finalizou.  
Publicada originalmente às 17h do dia 22 de janeiro

Classificação Indicativa: Livre

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