Em Brasília, a disputa pela liderança do PMDB na Câmara Federal tem se tornado uma questão de sobrevivência para o Palácio do Planalto. Leonardo Picciani, do PMDB fluminense, tenta se manter no posto de líder e é um representante da ala governista do partido. Já o adversário na disputa, o deputado Hugo Mota, do PMDB paraibano, é apoiado pela ala dissidente que chega a defender o rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Nessa sexta-feira (22), o deputado Leonardo Quintão desistiu da disputa e passou a apoiar Picciani no jogo. Segundo fontes na capital federal, o fiel da balança pode acabar sendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que deve usar sua influência na bancada do PMDB mineiro e convencer o suplente Silas Brasileiro a votar em Picciani, o nome que é defendido pelo governo.
Foto: Vagner Souza/Bocão News
Os deputados federais que compõem a bancada do PMDB vai decidir o representante no dia 17 de fevereiro. Na Bahia, o único deputado do partido aposta na vitória de Hugo Mota. Lúcio Vieira Lima diz que o desgaste que Picciani sofreu ao se colocar como um parlamentar "extremamente governista" poderá enfraquer o atual líder. "Mota transita bem entre as duas correntes e tem capacidade de tirar votos de Picciani. Ele tem condições de fazer a união da bancada e fazer aquilo que os deputados buscam: ouvir, falar e fazer o que a bancada quer", disse Lúcio ao Bocão News.
Publicada originalmente dia 23/01 às 15h
