Na próxima segunda-feira (3) serão reabertos os trabalhos na Assembleia Legislativa. O governador Rui Costa prepara o discurso de início do ano e a expectativa entre os deputados é que o gestor traga mais que palavras de esperança. Isso porque é ano de eleições municipais e os parlamentares precisam ajudar os candidatos a prefeito como forma de retribuir o apoio recebido em 2014. Reacender os ânimos da economia também é tarefa fundamental para sair da atual crise.
O presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), promete levar a votação projetos propostos pelos pares, contudo, a ressalva de todos os anos é que a lei proíbe a aprovação de matérias que tragam custos ao Poder Executivo, ou seja, uma enxurrada de moções, indicações, e a já tradicional distribuição exacerbada e pouco criteriosas de medalhas Dois de Julhos, títulos de cidadãos baianos e outras honrarias semelhantes preencherão a pauta.
Ao Executivo caberá enviar os projetos de lei, mas se engana quem acredita que estes passarão pelo crivo das comissões temáticas do Palácio Luís Eduardo Magalhães. Rui Costa repetiu, em 2015, a mesma estratégia do ex-governador Jaques Wagner e de seus antecessores ao utilizar de manobras regimentais para levar as matérias direto para o plenário. Embora há de se reconhecer que houve raras exceções.
Outro problema a ser enfrentado pela presidência da Casa é o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por Marcelo Nilo com o Ministério Público para a convocação dos aprovados no concurso realizado em 2014. A substituição gradativa dos Redas pelos concursados. O orçamento do Legislativo Estadual subiu de R$ 444 milhões em 2015 para R$ 490 milhões em 2016.
