Política

Lava Jato: nova fase investiga se OAS lavou dinheiro para beneficiar Vaccari

Publicado em 27/01/2016, às 09h43   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira a 22ª etapa da Operação Lava-Jato, chamada de Triplo X. O alvo da investigação são obras da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), cooperativa dos bancários que foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A cooperativa ficou insolvente e as obras foram concluídas pela construtora OAS. Um dos prédios, o edifício Solaris, no Guarujá, abriga um apartamento que segue em nome da OAS, mas teria sido reservado ao ex-presidente Lula, tendo inclusive sido reformado a pedido de Marisa Letícia.
O foco desta 22ª fase, no entanto, é uma empresa offshore chamada Murray, sediada no Panamá, que é dona de um triplex no mesmo condomínio do Guarujá, que tem duas torres e está localizado na praia de Astúrias, no Guarujá. 
Esta fase apura a existência de estrutura criminosa, segundo a PF, destinada a oferecer a investigados da operação a abertura de empresas off-shores e contas no exterior para ocultar dinheiro desviado em corrupção, “notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da Petrobras”. A nova fase investiga se a empreiteira OAS lavou dinheiro por meio de negócios imobiliários para favorecer o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que está preso desde abril de 2015.
Na operação desta quarta, um dos objetivos é identificar quem é o beneficiário da holding. O endereço da Murray, nos Estados Unidos, já foi usado por outras offshores investigadas pela Polícia Federal na Operação Ararath, que apura lavagem de dinheiro. Um dos alvos de prisão é a publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop. A suspeita é a de que ela tenha ligação com a offshore.

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