Política

Moro autoriza inquérito sobre relação de sítio de Atibaia com OAS e Odebrecht

Publicado em 10/02/2016, às 08h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos a Operação Lava Jato em primeiro grau, autorizou nesta terça-feira (9), a abertura de um inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, em São Paulo, usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com informações do Estadão. A força-tarefa do Ministério Público Federal suspeita que empreiteiras – como a OAS e a Odebrecht – e investigados – como o pecuarista José Carlos Bumlai – tenham realizado obras na propriedade, como compensação por contratos com o governo.
“Considerando-se que o IPL (inquérito policial) 0594/14 (já relatado e que aguarda perícia em andamento) diz respeito especificamente à empresa OAS, entendemos ser necessário o desmembramento dos documentos produzidos no bojo deste IPL que digam respeito à investigação da suposta relação do imóvel localizado em Atibaia/SP, com a empresa OAS e outras empresas e pessoas físicas investigadas na operação Lava Jato, reunindo-se o material produzido em novo IPL a ser instaurado, após a autorização judicial, em dependência ao IPL 1041/13”, informa o pedido feito pela PF.
Ainda de acordo com o jornak, a determinação de Moro publicada nesta terça-feira, com data do dia 4, atende a pedido da PF dentro do inquérito que tem como alvo supostos crimes praticados por executivos da OAS – em que estava sendo apurada inicialmente a existência de benfeitorias na propriedade rural.
“Trata-se de inquérito policial inicialmente instaurado com a finalidade de investigar, dentre outros, crimes de peculato e de lavagem de dinheiro praticados por dirigentes da empresa OAS S.A”, informa o juiz da Lava Jato.
A reportagem afirma ainda que com a decisão, um novo inquérito foi aberto, esse com sigilo. “Além da extensão da investigação para além do âmbito da empresa OAS, entendemos que as diligências em curso demandam necessário sigilo, já que o fato ainda está em investigação”, informa a PF na representação entregue a Moro, pedindo abertura de novo inquérito específico para o sítio.

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