Política

Especialista aponta redução de área de preservação no PDDU; secretário nega

Publicado em 24/02/2016, às 06h34   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



A professora e urbanista Glória Cecília Figueiredo escreveu um parecer no qual aponta que haverá uma drástica redução da área de proteção e recuperação ambiental no novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador, que hoje tramita na Câmara de Vereadores.

Conforme destaca a educadora, pela nova proposta do plano, a capital baiana perde cerca de três mil hectares de área de preservação, o equivalente, segundo ela, a três mil campos de futebol. “Essa redução de área antes classificadas como macrozona de proteção ambiental é muito grave. De fato, trata-se da disponibilização de espaços sensíveis ambientalmente para urbanização mais permissiva. Há com isso um risco de maior degradação ambiental, já que os espaços de urbanização intensiva pressionavam a urbanização das área contíguas ou nos quais exercem influência direta”, aponta.

Em entrevista ao Bocão News nesta terça (23), a ex-secretária de Urbanismo e responsável pela PDDU de 2008, Katia Carmelo, defendeu cautela na discussão sobre a redução deste espaço de proteção. “A rigor, a gente não poderia reduzir porque já está abaixo do que os índices mundiais determinam. Temos que ampliar. Mas, como não temos como ampliar, essa área tem que ser muita bem cuida”, afirma.


O secretário municipal de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, negou que haverá uma diminuição de área de preservação. “Não existe isso. É uma bobagem que estão falando. Não haverá redução nenhuma. As pessoas têm que estudar antes de ficar falando bobagem”, disse o gestor da pasta.


Publicada originalmente às 12h do dia 23 de fevereiro

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