Política

Delegado cobra do novo ministro da Justiça apoio à autonomia da Polícia Federal

Publicado em 29/02/2016, às 19h43   Tamirys Machado (Twiter: @tamirysmachado7)


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Após o anúncio da mudança no Ministério da Justiça, com a saída do ministro Eduardo Cardoso, e a especulação que ele deixou a pasta por sofrer pressões políticas, os delegados da Polícia Federal se manifestaram e até emitiram uma nota mostrando preocupação com a mudança. A questão é que quem assume a pasta é o ex-chefe do Ministério Público da Bahia, Wellington Cesar Lima e Silva. Isso foi alvo de crítica da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), já que, segundo os membros do órgão, o MP é contra a autonomia da Polícia Federal.  
O diretor Regional da PF, delegado Rony Silva, disse ao programa Se Liga Bocão, na Rádio Itapoan FM, nesta segunda-feira (29), que o MP “tem entre suas bandeiras não aceitar a autonomia da Polícia Federal”. “Somado a tudo isso estamos apreensivos com essa situação”.  “O Ministério Público, através das suas entidades, já se posicionou, inclusive o Procurador Rodrigo Janot fala abertamente que não concorda com a autonomia investigativa do cargo de delegado, como não ficar apreensivos com um cenário desse com um ministro ligado a uma instituição que não apoia a nossa autonomia?”, completou. Rony Silva salientou que espera que o “novo ministro da Justiça defenda a Polícia Federal, que apoie a autonomia e dê independência a PF, sem interferências políticas. No cenário atual a gente não tem tranquilidade”, pontuou. 
Sobre o apoio da classe política, o delegado cobrou a aprovação da PEC 412/09 que prevê uma autonomia da PF e está tramitando desde 2009 na Câmara. “Basta os deputados e o senado votarem essa emenda. Não queremos ficar sujeitos à politicas partidárias”, disse.
Em resposta, o novo ministro da Justiça, Wellington Silva, em entrevista aos repórteres do Bocão News, na Rádio Itapoan FM, nesta segunda-feira (29) disse que tem o “compromisso republicano de apoiar as instituições” e reiterou que “todas as reinvindicações serão ouvidas”.
“Natural que toda instituição sempre busque se aperfeiçoar e autonomizar, isso é um princípio da vida. Isto é um processo e tem que ser observado e discutido a cada momento. A Polícia Federal é uma instituição respeitada, tem meu respeito e admiração e terá no limite do meu alcance, todo meu apoio”, disse o baiano que assume o cargo nas próximas 48 horas. 
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