Política

Especialista desafia gestores a provarem que não há redução de área verde

Publicado em 01/03/2016, às 13h50   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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Após apontar que há redução de três mil hectares de área verde na proposta do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), a professora e urbanista Glória Cecília Figueiredo  desafiou o secretário municipal de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, e a presidente da Fundação Gregório de Mattos, Tânia Scofield, a provarem que não há essa diminuição da zona de preservação e recuperação.
Em uma postagem em rede social, a especialista afirma que basta confrontar os mapas do macrozoneamento da proposta da minuta de revisão do plano diretor da Prefeitura com o PDDU 2007-2008 para constatar essa redução. “Desafio Tania Scofield e Silvio Pinheiro a cumprirem a diretriz de gestão democrática do Estatuto da Cidade e apresentarem na próxima audiência pública os mapas de Macrozoneamento do PDDU antigo e da proposta atual superpostos para que o público veja a redução da delimitação das macrozonas ambientais”, convoca. 
“Também os desafio a apresentarem os mapas superpostos do Savam  [Sistema de Área de Valor Ambiental e Cultural] atual e o proposto, informando a delimitação atual e a proposta e o total de área em hectares de cada tipo de unidade (APA, APRN, APCP E PARQUES), para checarmos se está havendo subtração de área dessas unidades. Afinal até hoje a Prefeitura não disponibilizou as bases editáveis dos mapas para que o Ministério Público e população interessada possam avaliar com georreferenciamento preciso as definições demarcadas em mapa”, acrescenta
O secretário e a presidente da Fundação Gregório de Mattos negam a diminuição da área verde. “Não existe isso. É uma bobagem que estão falando. Não haverá redução nenhuma. As pessoas têm que estudar antes de ficar falando bobagem”, afirmou Sílvio Pinheiro.
Debate
A possível redução da área verde no novo PDDU foi o principal assunto da sétima audiência pública realizada nesta terça-feira (1º) na Câmara. Na ocasião,  o secretário da Cidade Sustentável, André Fraga, negou a redução. Segundo ele, o plano amplia o número de parques na cidade. Pela nova proposta, a cidade passa a ter 39, enquanto no PDDU de 2008 tinha apenas cinco.
Ainda conforme ele, a capital ganha 19 milhões de m² de área verde. Na avaliação de Fraga, a zona de preservação está “bem distribuída”. Esta declaração do secretário foi questionada pelos especialistas. Para técnicos, essas áreas não eram classificadas como parques, mas já eram preservadas. 

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