Se a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, já não era boa depois da entrevista exclusiva concedida ao Jornal Nacional na sexta-feira (3) ficou ainda pior após a reportagem da revista Veja publicada neste final de semana.
De acordo com a publicação, o apartamento de 640 metros quadrados (com varandas, quatro suítes, três salas, duas lareiras e churrasqueira) que ele aluga, em São Paulo, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda., que, por sua vez, é dirigida por “laranjas”.
Os donos, segundo a Veja, são Dayvini Costa Nunes, e 23 anos, e Felipe Garcia dos Santos, que tem 17, mas foi emancipado no ano passado. O primeiro é o sócio majoritário da empresa com 99,5% das ações, o restante (0,5%) ficou com Felipe.
Em entrevista à revista, Dayvini - que ganha R$ 700 por mês trabalhando como representante comercial e mora nos fundos de uma pequena casa na periferia de Mauá, cidade do ABC - aceitou ser “laranja”, alegando que foi para ajudar parentes.
O outro lado
o advogado do ministro, José Roberto Batochio, eximiu seu cliente de responsabilidade e disse que seria necessário investigar os elos entre os laranjas e a imobiliária que alugou o apartamento.
Em nota divulgada no sábado (4), a assessoria de Palocci informa que o contrato de aluguel do apartamento foi firmado entre o ministro e os proprietários Gesmo Siqueira dos Santos, sua mulher, Elisabeth Costa Garcia, e a Morumbi Administradora de Imóveis. Ainda segundo a nota, Palocci e sua família nunca tiveram contato com os donos, "tendo sempre tratado as questões relativas ao imóvel com a imobiliária responsável indicada pelos proprietários.