Política

João Santana e sua mulher ficam calados ao depor em Curitiba

Publicado em 10/03/2016, às 18h03   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O publicitário João Santana e a mulher e sócia dele, Mônica Moura, ficaram calados durante os depoimentos à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (10), em Curitiba. A informação é da PF.
O casal é alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato e está detido desde o dia 23 de fevereiro. É a primeira vez que os dois são ouvidos depois da conversão da prisão temporária em prisão preventiva - sem prazo para sair. 
Nesta quinta, os interrogatórios começaram às 10h e encerraram por volta das 11h30, na Superintendência da PF, no bairro Santa Cândida. A advogada que representa o casal, Débora Gonçalves, também saiu sem falar com a imprensa.
João Santana e Mônica Moura são suspeitos de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras e do engenheiro Zwi Skornicki.
O publicitário baiano João Santana foi  marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006. Na quarta-feira (9), o juiz Sérgio Moro autorizou a prorrogação do inquérito que investiga o casal. O prazo original vencia na terça (8), mas o juiz concedeu mais 15 dias para que a PF conclua o relatório das apurações da 23ª fase e decida se irá indiciar, ou não, os investigados.
Segundo a PF,  é preciso mais tempo para concluir as investigações porque ainda faltam ser feitas análises de material apreendido, além de ouvir novamente os investigados.
Zwi Skornicki, conforme as investigações, é um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras apurado pela Lava Jato.
Representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele foi apontado por delatores do esquema como elo dos pagamentos de propina. O inquérito que o investiga também foi prorrogado. Zwi cumpre prisão preventiva na carceragem da PF em Curitiba.
Ao serem ouvidos pela primeira vez pelos investigadores, João Santana e Mônica Moura disseram que os pagamentos feitos no exterior, para uma conta não declarada que o casal admitiu possuir (Shelbill), eram referentes apenas a campanhas feitas no exterior. Dentre esses pagamentos, estavam US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado como operador de propina no esquema da Petrobras, e US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht.
Além dos pagamentos no exterior, planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht apontam que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome "Feira", entre outubro de 2014 e maio de 2015 - quando a Operação Lava Jato já havia sido deflagrada e em período que coincidiu com as eleições presidenciais de 2014.
Segundo o site O Globo, para a PF, ficou evidente que "Feira" é um codinome usado para se referir ao casal, mais especificamente Mônica Moura, que controlava as finanças das empresas.

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