Política

Gabrielli deixa debate na Alba para depor em Curitiba

Publicado em 14/03/2016, às 11h55   Luiz Fernando Lima (@limaluizf)


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O ex-presidente da Petrobras teve que deixar o debate público “Em defesa dos campos terrestres, do pré-sal e da Petrobras”, realizado na manhã desta segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa, mais cedo. A razão: foi pegar o voo para Curtiba onde prestará, nesta tarde, depoimento ao juiz federal Sérgio Moro como testemunha nas denúncias envolvendo o empresário pecuarista José Carlos Bumlai. O pecuarista é acusado de crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também seria ouvido, mas pediu dispensa e foi atendido por Moro. José Sergio deixou a Assembleia Legislativa sem saber de fato o que seria perguntado a ele. No entanto, se mostrou tranquilo.

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), um dos proponentes do debate no Legislativo, saiu em defesa de Gabrielli e reforçou uma declaração que já foi dada pelo próprio ex-presidente da companhia.

“Gabrielli é a figura sem foro privilegiado que talvez tenha sido mais investigada desde o início da Operação Lava-Jato e até hoje não há nada que o incrimine. Nada, zero, nenhum processo aberto”.

PRIVATIZAÇÃO DO PRÉ-SAL - Durante o debate sobre o pré-sal, Gabrielli definiu o projeto de lei 131/2015 de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) que abre a exploração do pré-sal para empresas privadas como crime de lesa-pátria. De acordo com o ex-presidente da Petrobras, o momento é de avaliar a necessidade de acelerar ou não a exploração destes postos.

A Petrobras não tem capacidade de investimento no momento para intensificar a exploração, no entanto, segundo Gabrielli, não há necessidade de se adotar esta medida por ora. Isso porque a companhia já possui alta produtividade de petróleo e para os próximos 10 anos há previsão de expansão ainda que o pré-sal fique como está.

Para ele, o plano pode fragilizar no médio prazo a indústria nacional, pois as empresas não terão capacidade de investir. Neste sentido, toda a cadeia de produção e desenvolvimento de tecnologia seriam comprometidas e é isso que torna o projeto, na avaliação de Gabrielli, um crime de lesa-pátria.

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