Política

Vivenciando segundo impeachment, Benito Gama aposta em saída de Dilma até abril

Publicado em 22/03/2016, às 09h05   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



"Acho que a história vai se repetir". A frase é do deputado federal baiano Benito Gama (PTB), que presidiu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) contra o senador e então presidente Fernando Collor de Mello, que acabou sendo cassado. Agora, Gama integra a comissão especial na Câmara Federal que analisa o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade fiscal.

“A presidente Dilma está começando onde o Collor terminou. Há um movimento no Congresso e na sociedade, e na comissão ela deve sofrer um grande revés", apontou, ressaltando que se tratam de momentos diferentes. Para o petebista, "nos próximos 30 dias" o processo será decidido há indicativos, segundo o parlamentar, que até o mês de abril Dilma será impedida de seguir no cargo. "Estamos vivendo uma forte crise ética e moral, é algo difícil, duríssimo, e os argumentos do governo são muito frágeis", indicou.

Em caso de o processo de impeachment se concretizar, Gama afirma que o atual vice-presidente Michel Temer (PMDB) "reúne as condições de conduzir o país neste momento de crise". "A gente tem que trabalhar com o que é possível, e o que é possível é o impeachment. O PT está muito desgastado nacionalmente. Há um movimento igual ao do presidente Collor na época. Todo mundo hoje está sentindo na pele. Quando a economia está ruim não tem jeito. O Delcídio foi mais ou menos o que o Pedro Collor foi para Fernando Collor. Agora, o Delcídio foi amigo do governo, foi ministro, senador e a delação dele foi importante. Pode ser que outras pessoas apareçam com denúncias mais fortes", frisou o deputado durante entrevista ao apresentador Mário Kertész na rádio Metrópole FM, na manhã dessa terça-feira (22).

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