Juristas fazem ato em apoio a Dilma Rousseff

Um grupo de juristas e entidades que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff fizeram um ato na manhã desta terça-feira (22), no Palácio do Planalto, intitulado ‘Encontro com Juristas pela legalidade e em Defesa da Democracia'.

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Alguns deles citaram que o impeachment é golpe. Outros chamaram manifestantes contrários ao governo de 'coxinhas'. O procurador do Ministério Público da Bahia, Romulo Moreira, entregou a presidente Dilma manifesto de promotores e procuradores do Ministério Público assinado por 260 pessoas. Apenas cinco são da Bahia.

O subprocurador-geral da República, João Pedro de Sabóia Bandeira de Mello Filho, fez uma ressalva sobre o propósito do encontro. Disse que o ato não é para hipotecar solidariedade à presidente, mas para defender o Estado de Direito.

Apesar da ressalva, Saboia finalizou seu discurso com frase de efeito. "Menos coxinha e mais croquete".

A advogada Camila Gomes afirma que uma investigação que não respeita os direitos da presidente da República, "vai respeitar o direito de quem?" Ela afirma que o combate à corrupção só é feito dentro dos marcos legais e da Constituição. "O resto, é golpe", diz.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, diz que o processo de impeachment nasce ligado a um "desejo de vingança" e a um "desvio de poder". O ex-ministroda Justiça diz que não imaginava que teria a tarefa de "lutar contra retrocessos".

Cardozo lembra que, durante os governos Lula e Dilma, a Polícia Federal teve "plena autonomia para investigar". Ele lembrou que o governo sempre escolheu "os primeiros das listas" para as indicações, evitando a nomeação de "engavetadores-gerais", numa referência procurador-geral da república no governo de Fernando Henrique Cardosos, Geraldo Blindeiro.