“Isso é um absurdo! Foi falta de coleguismo. Foi uma grande sacanagem mesmo”. O protesto foi feito pelo vereador Cristóvão Ferreira Junior (PDT) para justificar a não votação do projeto de lei nº 314/10, de autoria do vereador licenciado Gilberto José (PDT), que renovaria a utilidade pública da Fundação Instituto Feminino da Bahia.
O projeto começou a tramitar no ano passado, bem antes de Gilberto José se afastar da Casa para assumir a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Cristóvão Ferreira Junior, mais conhecido como Cristovinho, assumiu o mandato com o compromisso moral de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo antecessor.
Por isso, não se preocupou em reapresentar o texto à Mesa Diretora e assumir a autoria. Além disso, como não se tratava de nenhum tema polêmico, ele confiou que os “colegas” seriam solidários e respeitariam o artigo do Regimento Interno da Câmara, que delega ao plenário a decisão de votar matéria cujo autor não esteja presente na sessão.
Ao ser questionado pelo
Bocão News se não tinha prestígio junto aos demais vereadores, Cristovinho fez um desabafo que evidencia sinais de uma relação “promíscua” entre os Poderes Legislativo e Executivo. “Não é nada disso. Repito: foi sacanagem. Sabe o que é isso? Tem gente aí que vai bater na porta de Gilberto atrás de benefícios e ele não faz porque é um homem sério. Infelizmente, é assim que as coisas funcionam”.
O episódio aconteceu nesta quarta (8), durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador em que foram aprovados diversos projetos de vereadores e
duas matérias de interesse do Executivo.
Foto: Roberto Viana/Bocão News
