Política

Cunha diz que pedido da OAB por impeachment chegou atrasado

Publicado em 28/03/2016, às 22h15   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou nesta segunda-feira (28) a possibilidade de apensar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff protocolado mais cedo pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ao processo que já tramita na Casa.
Sem esconder a ironia, Cunha disse que o pedido chegou “um pouquinho atrasado” e, diferentemente do que ocorreu no pedido do impedimento de Fernando Collor, não terá agora o protagonismo que teve no passado.
“São momentos diferentes, circunstâncias diferentes e pessoas diferentes. Agora a Ordem veio um pouquinho atrasada, o pedido de impeachment já está sendo tratado aqui há muito tempo. Naquele momento (impeachment de Collor) a Ordem veio com protagonismo, hoje ela veio com retardo”, disse Cunha, ao comentar o apoio da OAB ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Segundo o presidente da Câmara, o pedido da OAB é um novo pedido e, se aceito, implicará em nova leitura, eleição de nova comissão. E que por isso, não tem sentido acolher neste momento, pois não tem lógica manter duas comissões em funcionamento ao mesmo tempo. Cunha não descartou, porém, que, em caso de a Câmara rejeitar o processo em andamento, a possibilidade de abrir um novo.
“Eu tenho uns 15 pedidos de impeachment na fila. Esse é mais um que entrou e eu vou despachá-lo no momento apropriado. Não pretendo despachá-lo agora. Nós estamos no meio de um processo em andamento. Não tem sentido, se for o caso de acolher, ter duas comissões especiais e dois processos simultâneos não tem lógica”, afirmou.
Eduardo Cunha sustentou porque não cabe aditar o pedido da OAB ao pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Paschoal, que está tramitando na Casa. “Eu não farei isso (aditar). Cada um é autônomo, não cabe aditamento. O que eu tinha de dar despacho com relação ao pedido de impeachment que está em andamento, já foi dado. Agora é um novo pedido de impeachment. São dois atos distintos. Até porque, pelo que eu li, esse novo pedido tem fatos novos, mas também repete fatos velhos. Mas, nesse caso, não cabe aditar”, completou.

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