Política
Publicado em 29/03/2016, às 13h07 Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)
Nessa segunda-feira (28), o governador Rui Costa reuniu a bancada de deputados federais baianos para pedir empenho no embate contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em tramitação na Câmara Federal. Questionado pelo Bocão News a respeito do encontro, o chefe do Executivo baiano afirmou que fez “um apelo pela democracia”.
O petista citou uma entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que criticou o processo de impeachment. “Ele usou a palavra legalidade, e o que está acontecendo é ilegal, não tem nenhuma base jurídica. É um golpe político. Ele usou a palavra legitimidade para governar, portanto quem no passado não conseguiu se eleger deputado federal, não pode assumir através de um golpe a Presidência da República. Acho que precisa ter legitimidade para governar, não é através de um golpe que alguém vai conseguir de forma espúria a legitimidade. Em terceiro, o respeito à Constituição, ele usou essas três palavras e eu quero aqui me espelhar no que ele disse. Quero dizer que no país precisa de legitimidade para governar e de respeito a nossa constituição”, disse o governador na manhã dessa terça-feira (29), logo após entregar uma obra de contenção de encosta no bairro da Palestina, em Salvador.
Rui Costa também se voltou contra o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB). “Me assusta ver a tentativa de um golpe pelo presidente da Câmara, que tem dezenas de contas no exterior, comprovadas com extratos bancários, é quem está coordenando o golpe. É disso que estamos falando. Ou seja, alguém que já devia estar fora da cadeira de presidente, está coordenando a retirada de uma presidente honesta, contra quem não tem comprovação de nada. Ele não tem amparo moral para fazer isso e é uma tristeza, uma vergonha o que nós estamos assistindo no Brasil”, desabafou o petista.
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