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Arena Fonte Nova, estádio mais caro do Brasil

Imagem Arena Fonte Nova, estádio mais caro do Brasil
A obra foi atualizada em R$ 244 milhões, passando a custar R$ 831 mi  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/06/2011, às 11h37   Fidelis Tavares



A construção da Arena Fonte Nova teve seu valor atualizado em R$ 835 milhões pelo Portal da Transparência do Governo Federal, ligado a Controladoria-Geral da União (CGU). O novo estádio é um dos mais caros do Brasil dos contratos PPP. O valor mais  próximo é o do estáio mineiro, que inclui ainda o ginásio Mineirinho, e está custando R$ 743,4 milhões (estádio e esplanada). 
A obra aumentou em R$ 244 milhões, ou seja, 41,2% saltando dos R$ 591 milhões, previstos inicialmente, para os atuais R$ 835 milhões. A composição do novo valor é de R$ 323,62 financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 250 milhões emprestados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), além do total contratado pelo estado da Bahia de R$ 261,65 milhões. Todos os recursos previstos até o momento é de dinheiro público, apesar da obra ser uma Parceiria-Público-Privada (PPP).

Em maio, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou a liberação 20% dos recursos (cerca de 64.6 milhões) do financiamento do BNDES, para manutenção da obra da Arena. Na época também foi dilatado o prazo para que o estado e concessionária apresentem ao tribunal as informações que lhe permitam a apreciação definitiva do contrato da PPP da referida obra. É aguardar para ver o que acontece.

O TCE está preocupado com o formato dito PPP da Arena.  Segundo o conselheiro Pedro Lino, o tribunal precisa do projeto executivo da obra para realizar a auditoria que permitirá ter a certeza de que os valores de investimentos declarados são consistentes para depois autorizar os repasses do BNDES. No entendimento do conselheiro, o contrato não se trata uma PPP pois para ele “o povo entra com tudo e o privado entra com o charme”.


Confira como andam as obras tipo PPP para a Copa 2014 no Brasil*

Minas - Iniciada em maio a etapa de fundações para as arquibancadas inferiores. Projeto do arquiteto Gustavo Penna em colaboração com a alemã GMP, a modernização do Mineirão inclui construção de cobertura, vestiários e arquibancadas, estacionamentos e esplanada entre estádio e renovação do ginásio Mineirinho. O estádio terá 69 mil lugares. 
Custo: R$ 743,4 milhões (estádio e esplanada), contrato: PPP (concessão por 27 anos), Construtoras: Construcap, Egesa e Hap
Fortaleza - Demolição das arquibancadas inferiores começou no dia 31 de março de 2011. A reforma do Castelão, projeto do escritório Vigliecca & Associados, pretende também revitalizar o bairro do Passaré, em Fortaleza. Estádio terá 66 mil lugares, estacionamento, centro olímpico, piscina e ginásio multiuso, além de geração de energia eólica. Pretende receber uma das semifinais da Copa.
Custo: R$ 452,2 milhões , Contrato: PPP (concessão por oito anos), Construtora: Consórcio Galvão, Serveng e BWA
Recife - Obra está na fase de terraplanagem e fundações. Ministério Público questiona contrato da PPP. Localizada em São Lourenço da Mata, a 19 km do Recife, a nova arena foi projetada pelo escritório Fernandes Arquitetos Associados. Uma série de empreendimentos estão sendo concebidos para a região do entorno da obra. A arena terá 46 mil lugares e estacionamento para seis mil carros. 
Custo: R$ 532 milhões, Contrato: PPP, Construtora: Odebrecht
Natal - OAS fará as obras da futura arena, mas trabalhos ainda não começaram. Licitação foi concluída em 11 de março de 2011, com a escolha da construtora OAS para realizar as obras e gerenciar o estádio. Para isso a empresa contará com o apoio da Amsterdam Arenas. O projeto básico foi concebido pela empresa internacional Populous Architects. Licitação definirá o prosseguimento do projeto executivo. Arquibancadas flexíveis permitirão remover parte dos 45 mil assentos do estádio.
Custo: R$ 400 milhões, Contrato: PPP (20 anos de concessão), Construtora: OAS

*Informações do Portão da Copa 2014

Classificação Indicativa: Livre

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