Política

Em evento oficial, Dilma volta a afirmar que impeachment “é golpe”

Publicado em 30/03/2016, às 16h41   Redação Bocão News (@bocaonews)



A presidente Dilma Rousseff tem aproveitado seus discursos oficiais para falar sobre seu processo de impeachment. Nesta terça-feira (30), durante cerimônia de lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Palácio do Planalto, a presidente voltou a afirmar que o processo aberto contra ela “é golpe”.

“É absolutamente má-fé dizer que, por isso, todo impeachment está correto. Para estar correto, a Constituição exige que se caracterize crime de responsabilidade. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Não adianta fingir que nós estamos discutindo em tese o impeachment. Estamos discutindo um impeachment muito concreto e sem crime de responsabilidade”, disse Dilma.

Representantes dos movimentos sociais lotaram o salão nobre e se revezam na tribuna para defender a presidente. Aos gritos de “Não vai ter golpe”, o público participante também gritava palavras de ordem contra o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o juiz federal Sérgio Moro, chamando-os de “golpistas”.

Além dos movimentos sociais, também participam do anúncio ministros, como Jaques Wagner (gabinete pessoal), Nelson Barbosa (Fazenda), Kátia Abreu (Agricultura) e Gilberto Kassab (Cidades). Durante a cerimônia, a presidente Dilma defendeu o alto volume de subsídios do Minha Casa, Minha Vida no lançamento da terceira etapa do programa. "Dinheiro público não pode resultar em muquifo, tem que resultar em casa boa e de qualidade", discursou a presidente.

"Nós temos orgulho de subsidiar porque sabemos que a conta do bolso do trabalhador e trabalhadora brasileira, dos quilombolas, dos extrativistas, a conta não fecha se o governo não for capaz de devolver recursos tributários para garantir a melhoria das condições de vida", afirmou.

A presidente Dilma afirmou que mesmo diante das "dificuldades públicas e notórias" da economia, o governo optou em não cortar os programas socais porque é preciso enfrentar um "passivo histórico" de "desigualdade imensa" no País.

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