Política

Solla diz que saída do PMDB do governo é um presente ao povo brasileiro

Publicado em 31/03/2016, às 10h16   Redação Bocão News (@bocaonews)



Apesar do impacto político, a saída do PMDB da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foi celebrada pelo deputado federal Jorge Solla (PT). “Deu um presente para a população brasileira, é a melhor notícia que poderíamos ter. Tirando as exceções que confirmam a regra, o PMDB nunca teve com o governo uma postura de aliados, de companheiros, de confiança e de diálogo”, disse.
Solla pontuou que as diferenças ideológicas entre os dois partidos ficaram evidentes com a divulgação da “Ponte para o Futuro”, o chamado Plano Temer, que prevê medidas neoliberais para a economia. “É uma aberração neoliberal. Fala de privatizações, entrega do pré-sal, fim das vinculações de recursos para saúde e educação, cortes em áreas essenciais. Uma série de medidas que nem o PSDB teria coragem de apresentar numa eleição”, criticou.
O deputado comparou a situação nacional com o rompimento do PMDB com o governo da Bahia durante a gestão do ex-governador Jaques Wagner (PT). “O PMDB se travestiu de aliado, demos espaços para eles, eles cresceram, romperam e tentaram derrubar o governador Jaques Wagner. Se deram muito mal. Foram derrotados nas urnas duas vezes e viraram coadjuvante da oposição. Acontecerá o mesmo com o governo Dilma”, bradou, referindo-se ao presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, que não venceu nenhuma eleição desde o rompimento estadual. 
O petista ainda disse que o vice-presidente Michel Temer assumiu o comando das negociações em favor do impeachment. “Temer é o capitão do golpe. Está despudoradamente conspirando contra a presidente Dilma. Ele está oferecendo cargos para tentar negociar votos, prometendo o que não tem para dar, como se essa fosse uma disputa política legítima, do jogo político. Um vice-presidente da República não pode se prestar este papel. É uma traição em quem se confiou, de quem se esperava uma postura ética. É a demonstração de que esse senhor não tem envergadura moral para ocupar o cargo que ocupa, tampouco pra presidir o país”, afirmou.
Publicada no dia 30 de março de 2016, às 20h11

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