Política

Governo descarta romper com a TWB

Publicado em 10/06/2011, às 07h20   Redação



Diante de sucessivos problemas no sistema ferry boat – inclusive com embarcações à deriva em alto mar, o governo da Bahia deverá propor, até o final deste ano, alterações no contrato. Como se passaram cinco anos da assinatura dos contratos, a lei permite que após auditoria sejam estabelecidas novas cláusulas e mudanças operacionais na TWB, concessionária que gere o sistema ferry boat que liga Salvador à Ilha de Itaparica.

A decisão afasta os rumores de um possível rompimento com a concessionária, cujo contrato vence apenas em 2031. O vice-governador e secretário de Infraestrutura do Estado, Otto Alencar, descartou, em entrevista ao A Tarde, a possibilidade de intervenção direta no sistema. “O Estado não fará intervenção porque esta não é sua função. Vamos trabalhar para que a concessionária cumpra o que está previsto no contrato”.

O diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, destaca que as negociações para mudança do contrato vão acontecer na esfera administrativa: “Não nos interessa o embate. Esta é uma questão técnica de uma concessionária que não está prestando um bom serviço”. Segundo Pessoa, a concessionária acumula mais de R$ 400 mil em multas só este ano.

O novo contrato deverá ser proposto após a auditoria que será realizada pela fundação Fipecafi, da Universidade de São Paulo. O trabalho de consultoria terá duração de quatro meses, e o contrato deverá ser assinado até a próxima terça-feira. Segundo a matéria do A Tarde, a TWB encaminhou uma proposta que prevê a incorporação de mais dois fast ferries, que seriam bancados com recursos públicos ao custo de R$ 80 milhões. Como contrapartida, a concessionária investiria outros R$ 88 milhões na adequação de cinco dos seis antigos ferries, reformas das gavetas e terminais  de Bom Despacho e São Joaquim.

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