Política

Leo Prates e Moisés Rocha divergem sobre condições para o impeachment

Publicado em 11/04/2016, às 20h24   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


FacebookTwitterWhatsApp

Em debate no programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (11), os vereadores Leo Prates (DEM) e Moisés Rocha (PT) comentaram as divergências de interpretação em torno dos trabalhos da comissão especial que aprecia o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Nenhum jogador pode ser expulso por ter pisado na linha ao cobrar o lateral”, explicou o vereador Moisés Rocha, em alusão ao exemplo dado jornalista esportivo Juca Kfouri que comparou as regras do futebol com os termos da constituição para consumar o processo de impedimento.
“Dilma fez gol de mão, tem que ser expulsa, é uma vergonha. Foi a única presidente que teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. Ela não reúne condições de governar o país”, rebateu Leo Prates.
Moisés admitiu que a gestão da presidente Dilma “tem mais a cara do PSDB do que do PT” e que ela se distanciou das pautas defendidas pelo partido, mas reclamou que “a crise política não a deixa governar”.
“Dilma tem a cara do PT, a cara da desorganização, do desgoverno. Quem tem responsabilidade de governar é a presidente, se ela não tem condição, peça para sair”, atacou Leo Prates.
“A desorganização do PT foi tirar 30 milhões da pobreza e colocar pobres negros nas universidades”, contestou Rocha.
“E agora estão devolvendo 30 milhões à pobreza”, ironizou o demista.
Moisés Rocha ainda criticou a atuação dos irmãos Vieira Lima nas articulações nacionais pelo impeachment e disse que os atos podem ter desdobramentos severos na administração municipal do prefeito ACM Neto. Segundo ele, se Geddel assumir um posto de relevância num eventual governo de Michel Temer, pode dar o mesmo “golpe” na gestão de Neto. “A próxima vítima pode estar bem ao lado”, indicou. Prates, por sua vez, disse que ter confiança na aliança firmada entre o PMDB e o prefeito ACM Neto.
Para Leo Prates o grupo político do prefeito está consolidado e está dando W.O na oposição. “Não temos nem adversário ainda”, brincou. 
Moisés preferiu a cautela e afirmou que “não tem eleição ganha antes do tempo. Se fosse assim Paulo Souto seria governador da Bahia”, ponderou, ao relembrar a vitória do governador Rui Costa em 2014.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp