Política

Temer planeja lançar campanha pró-impeachment nas redes sociais

Publicado em 12/04/2016, às 07h41   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) deve se reunir nesta terça-feira (12) com assessores para discutir campanha nas mídias sociais a favor do impeachment patrocinada pelo PMDB, de acordo com informações da colunista Monica Bêrgamo.
Uma das ideias é a de divulgar ainda mais o áudio em que o vice-presidente fala como se o impedimento já tivesse sido aprovado, e que foi distribuído na segunda-feira (11) a um grupo de parlamentares da legenda pelo próprio vice, por WhatsApp.
Segundo a publicação, Temer diz que a divulgação não foi intencional. Assessores dele afirmam que é preciso aproveitar o que seria um "acidente" para propagandear a fala do vice, ontem criticada, como exemplo de "moderação". Para o governo, o vazamento do discurso foi proposital.
Ainda de acordo com a colunista, Temer deve analisar também peças publicitárias como vídeos em que o slogan "Não vai ter golpe", lançado pelo PT, é usado para defender que o impeachment é legítimo. Previsto na Constituição, não seria mesmo golpe. Os aliados de Temer calculavam que, no domingo (17), o impeachment contava com 321 votos no plenário da Câmara. Ainda faltariam 21 para sacramentar o afastamento de Dilma.
O grupo de Temer no PMDB conta com um grande índice de traições no PP, no PSD e no PR, cujos dirigentes estavam, até segunda, com Dilma. Acham que os três podem inclusive deixar o barco do governo até o domingo, quando o impeachment será votado na Câmara.
A colunista afirma que Temer conversou no domingo com o deputado Fábio Faria (PSD-RN), um dos parlamentares mais próximos do ministro Gilberto Kassab, liderança maior do partido. Faria permanece na lista dos "indecisos" da legenda em relação ao impeachment.
Já Kassab, nos bastidores, tem oscilado. Antes do rompimento do PMDB com o governo, chegou a dizer a Temer que poderia seguir o mesmo caminho. Depois, avisou que a entrada de Lula nas negociações havia virado o jogo a favor do governo, e que ele seguiria apoiando Dilma. As pontes com Temer, no entanto, seguem firmes.

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