Política

Mercadante e Pansera saem em defesa de Dilma

Publicado em 12/04/2016, às 15h42   Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)


FacebookTwitterWhatsApp

Aloizio Mercadante, ministro da Educação, resgatou as histórias de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart para defender que a construção do impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma tentativa de golpe que guarda semelhanças com os vivenciados pelos chefes do Executivo citados.

“O nome dos golpistas daquela época está na lata de lixo da história, enquanto o dos presidentes ficaram. Os golpistas sempre buscam dar uma aparência de legalidade ao golpe, isso porque eles tem vergonha do argumento. Mas, não se enganem, é golpe.”

Antes de proferir este discurso, Mercadante abriu sua participação no evento realizado na manhã desta terça-feira (12), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, saudando todos os deputados e senadores que estão ao lado da presidente Dilma.

O gesto é simbólico, sobretudo, porque o petista voltou ao ministério da Educação, após ter sido desalojado da Casa Civil devido à dificuldade de relação com o Congresso Nacional. De fato, no entorno do governo, as conversas dão conta da intimidade de Mercadante com a pauta da Educação e da inabilidade política para lidar com senadores e deputados. De qualquer sorte, as palavras foram direcionadas aos parlamentares.

O ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) adotou um tom irônico ao comentar o momento histórico. Iniciou reafirmando que permanecerá no governo Dilma mesmo após a saída de seu partido, PMDB, da base de sustentação. O peemedebista não rebateu o áudio vazado pelo presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Termer e optou por outra abordagem.

“Espero, sinceramente, que eles aceitem o resultado do terceiro turno das eleições. Porque é isso que está acontecendo desde quando a presidente Dilma foi reeleita. A eleição, para eles, não acabou. Espero que deixem a presidente governar a partir de segunda-feira (18) quando este processo estiver enterrado. Temos projetos importantes na Câmara e no Senado que precisam ser tocados e não podemos ficar esticando eleição até quando bem entenderem”. Ele encerrou o discurso afirmando que os “golpistas não passarão”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp