O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), saiu em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã dessa quinta-feira (14) ao falar sobre o processo de impeachment que a dirigente enfrenta na Câmara Federal e deve ser votado no próximo domingo (17). Em entrevista à Metrópole FM, o parlamentar petista atestou que o processo não terá votos suficientes para aprovação no plenário. "Domingo, o impeachment não passa, vamos barrar. A classe politica não é babaca, não está indo na onda da mídia. Para se ter uma ideia, na Câmara, a moeda de troca mais rápida lá é a Lava Jato", apontou, insinuando que há oferecimento de proteção na força-tarefa em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
O parlamentar criticou a oposição, a quem chamou de "turma que canta vitória" e protestou: "vamos deixar a mulher trabalhar, fazer um pacto de decência".
Já o líder da oposição na Alba, Sandro Régis (DEM), foi incisivo no discurso de que o impeachment não é golpe, como prega petistas e aliados da presidente Dilma Rousseff. "A população brasileira está legitimando o impeachment e quem vão decidir são os deputados
Não podemos impedir que a Câmara outorgue o desejo do povo e no domingo, a Câmara vai atender ao desejo da população", apontou.
Ao rebater a classificação de golpe para o impedimento, o democrata baiano sintetizou atos da presidente que, para ele, constituem "golpe". "Golpe é a presidente Dilma se eleger dizendo que não ia aumentar gasolina e aumentar, dizer que não ia aumentar a conta de luz e depois aumentar, golpe é comprar apoio para garantir o governo", alfinetou.
