Política

Sílvio Costa diz ter nojo de Temer e acusa o vice de suposta blindagem no STF

Publicado em 16/04/2016, às 18h33   Aparecido Silva e Luiz Fernando Lima*


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O vice-líder do governo na Câmara Federal, o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB-PR), chamou a atenção na tarde desse sábado (16) pela defesa que fez da presidente Dilma Rousseff (PT) ao discursar contra a admissibilidade do processo de impeachment da petista. O parlamentar atacou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que assumiria o governo caso Dilma seja afastada, e disse ter "nojo" do peemedebista. 

Ao falar com a imprensa depois do discurso, o congressista acusou Temer de ter dito a auxiliares que estaria tranquilo, uma vez que possui boas relações com o Supremo Tribunal Federal (STF) e, por isso, não seria atingido por ações do Judiciário e da força-tarefa da Lava Jato. Costa não quis entrar em detalhes, mas disse que a imprensa vai investigar o assunto envolvendo o vice.

No plenário, o deputado argumentou em favor da rejeição do processo contra Dilma. "Vejam bem, a maior prova de que este atual pedido de impeachment não tem consistência jurídica, não tem substância jurídica é que a OAB entrou com um novo pedido de impeachment. Ora, se este atual pedido de impeachment tivesse consistência jurídica, a OAB não teria entrado com outro pedido de impeachment. Isso é muito claro para mim. Portanto, este é um julgamento político. Este julgamento é fruto do ódio. Sabem como foi essa articulação? Entra, agora, em cena, outro homem. Entrou em cena outro homem de quem estou com nojo, essa é a palavra. Eu até gostava dele, cheguei até a tomar vinho com Michel Temer. Eu não sinto outra coisa por ele a não ser nojo", disse.

Sílvio ainda disparou críticas a Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara e um dos articuladores do processo de impeachment de Dilma. "Esse homem, o deputado Eduardo Cunha, não devia estar aqui! Eu sei que o Supremo tem a agenda dele, mas não entendo como o Supremo não tirou esse homem daqui ainda. Deveria tê-lo tirado. Ele tem elementos jurídicos para tirar e não o tirou não sei por quê", questionou.

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