Política

Vereadores divergem sobre benefício a ACM Neto em eventual queda de Dilma

Publicado em 18/04/2016, às 20h29   Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)



O cenário político segue por um viés muito nebuloso, principalmente quando se é levado em conta a influência do cenário nacional nas conjunturas locais. Se um governo do vice Michel Temer (PMDB), em um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), beneficiaria o prefeito ACM Neto (DEM) foi a pergunta feita pelo Bocão News a dois vereadores soteropolitanos. Gilmar Santiago (PT), da oposição e Claudio Tinoco (DEM), da situação, divergiram sobre o assunto.

O petista, ferrenho opositor, provocou ap suscitar a figura do patriarca dos Peixoto de Magalhães. “Um governo conspirador ao lado de um corrupto? A associação de Temer e Cunha vai desmascarar ACM Neto. Vai mostrar que o DNA dele, do avô, é o mesmo: que também é golpista. O Neto está apoiando a perspectiva de um golpe”, acusou.

Otimista, na contramão de Gilmar, Tinoco afirmou que um governo federal favorável ao prefeito cria “boas expectativas”. “O governo do PT foi uma frustração. Neto pouco ou quase nada fez algo na prefeitura com a ajuda do governo federal.  O novo governo deve ir contra e pode ter atenção de Salvador”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de novas eleições gerais no Brasil, o democrata acredita que a ideia não deve vingar. “É uma boa saída para da esquerda derrotada”, declarou.

IMPEACHMENT – Quando questionado sobre o avanço do pedido de impedimento da presidente, Gilmar disse que a situação é difícil no Senado Federal, próxima Casa a apreciar o processo de impeachment. “No Senado é uma maioria simples no início e 2/3 no processo de cassação. Essa composição do Congresso é uma composição que dificuldade você ter qualquer expectativa de mais favorável, pois você tem representação política muita comprometida com o grande capital”, analisou.

“É difícil prever, na minha opinião, se no Senado será mais fácil ou difícil. O elemento que pode derrotar esse golpe, definitivamente, é a mobilização da população e isso tem crescido”, completou.

Sobre a Câmara Federal, Tinoco concluiu que a posição dos deputados seguiu o viés da opinião pública. “A expressão do resultado de ontem, quando 71% dos deputados votaram pelo impeachment, repete o que a pesquisa de opinião demonstra nos últimos meses e a posição da população sobre o impedimento. Essa é uma expressão muito significativa e foi feita a vontade popular”, disse.

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