Política

PRB faz mistério, mas conta com ministério no governo Temer

Publicado em 20/04/2016, às 17h10   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, evita falar sobre eventuais espaços que o partido ocupará no governo Michel Temer (PMDB) caso o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff se confirme no Senado e a mandatária seja afastada.

Contudo, em entrevista exclusiva à reportagem do Bocão News, dias antes da admissibilidade ser aprovada pela Câmara dos Deputados, Pereira afirmou que está dialogando com os principais articuladores políticos de Temer.

O PRB subiu degraus ao ser o primeiro partido a deixar a base de presidente Dilma e depois, na análise dos próprios deputados da legenda, iniciar a debandada que “abriu a porteira” para que os aliados do governo defendessem o impedimento.

Embora estejam sendo alvos de críticas daqueles que defendem a tese de golpe institucional, Pereira afirma que o convencimento da bancada, composta por 22 deputados federais e um senador (Marcelo Crivella – RJ), seguiu a lógica da legitimidade processual.

“Estamos convencidos de que é um processo legal. Assessoria técnica do partido que conta com advogados com mestrado ou doutorado debateu o relatório com os deputados e chegamos à conclusão que tem sustentação legal”.

Outro dado já noticiado diz respeito às candidaturas de Crivella para prefeitura do Rio de Janeiro, e do deputado federal Celso Russomano para a de São Paulo. Nos dois estados não há possibilidade de alinhamento com o PT.

Sobre o senador Crivella, que foi ministro da Pesca do governo Dilma Rousseff, houve especulações em torno de um apoio que os petistas dariam a ele na capital do Rio de Janeiro. Pereira nega a existência da articulação.

Ao contrário, acusa o PT de chantagear os peemedebistas daquele estado. De acordo com o presidente do PRB, os petistas ameaçaram debandar da gestão de Eduardo Paes caso os deputados do PMDB do Rio não votassem com o governo.

Neste sentido, as conversas com o PRB de lá não passaram, segundo Pereira, de blefe do PT. “Teremos candidaturas em oito capitais. A opinião pública obviamente nos é importante, mas, insisto, o parecer técnico é que foi determinante para o fechamento da questão na Câmara”.

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