Política

Wagner dedicou voto aos pais e filhos no impeachment de Collor

Publicado em 21/04/2016, às 11h33   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O ex-governador da Bahia e chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, dedicou aos pais e filhos o seu voto, quando era deputado federal em 1992, e a Câmara dos Deputados decidiu pela abertura do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor.

“Senhor presidente, quero dedicar estas palavras e o meu ‘sim’ na tarde de hoje aos meus pais e aos meus filhos. Aos meus pais como integrantes de uma geração que, na esperança, sempre plantou neste país a expectativa de sermos uma Nação correta, uma Nação altiva; aos meus filhos, que, junto com outros jovens, tomaram as ruas desta País, para dizer: ‘Vocês estão certos’. Esta Casa não lhes negará a esperança de que amanhã o Brasil será outro”, afirmou Wagner.

Ainda no seu discurso, o petista disse que o país vivia naquele momento um clima de final de campeonato. “Saí de minha casa hoje pela manhã, muito cedo, e tive o prazer de, às 7h30min, já encontrar brasileiros na Esplanada dos Ministérios, como aconteceu na disputa da final da Copa do Mundo de 1970. E este o espírito da Nação hoje. Estamos vivendo a final de um campeonato neste País, e é por isso que neste plenário não estaremos divididos na tarde de hoje entre oposicionistas e governistas, mas entre brasileiros que querem desfraldar a nossa bandeira verde e amarela e aqueles que, sorrateiramente, pretendem manter este país eternamente na impunidade, no jogo da corrupção, no jogo da conivência”, pontuou.

Aliados da presidente Dilma criticaram duramente no último domingo (17), quando a Câmara decidiu pela abertura do processo de impeachment, os discursos dos deputados. Wagner chegou a dizer que os “argumentos [eram] frágeis e sem sustentação jurídica”. "Foi uma página triste virada pelos deputados que concordaram com argumentos frágeis e sem sustentação jurídica do relatório do deputado Jovair Arantes”, ressaltou, por meio de nota.

"Foi um retrocesso a instauração de processo de impeachment contra a Presidente da República, Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de votos e sem nenhum processo e crime de responsabilidade. De modo que a decisão da Câmara dos Deputados ameaça interromper 30 anos de democracia no país", acrescentou.  

*Com informações da coluna Radar on-line, da revista Veja

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