Política

Janot apresenta motivos para sustentar investigação de lista da Odebrecht

Publicado em 03/05/2016, às 14h29   Redação Bocão News (@bocaonews)



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, expôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) os motivos que considera fundamentais para que a "Lista Noboa" seja investigada. A referida lista é a relação de 279 políticos - deputados, senadores, governadores e ex-parlamentares - e de 24 partidos que teriam recebido valores da Odebrecht, maior empreiteira do Brasil envolvida com o esquema de cartel e corrupção que se instalou na Petrobras. Janot diz que a lista está "relacionada a dezenas de políticos que, supostamente, teriam recebido propina da Odebrecht, ao longo de tempo não determinado". O nome "Noboa" é uma referência à "tática Noboa", anotação encontrada no arquivo de mensagens do celular de Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015 e condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro.

Para os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato, a citação indica que Odebrecht "cogitava se evadir do País e, assim, furtar-se de eventual aplicação da lei penal". Isso porque Gustavo Noboa, ex-presidente do Equador, fugiu do país após ser acusado má administração de fundos na renegociação da dívida externa. A lista é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos. Ela foi encontrada em fevereiro nas buscas da 23ª fase, a Acarajé, que teve como alvo principal o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que cuidaram das campanhas presidenciais de Lula (2006) e de Dilma (2010/2014).

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