Política

Cotado para governo Temer, Geddel é citado em decisão de Teori que afastou Cunha

Publicado em 06/05/2016, às 07h39   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)



Com o nome especulado para comanda a Secretaria de Governo em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, foi citado na decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que determinou o afastamento o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do mandato de deputado federal e da Presidência da Câmara nesta quinta-feira (5).

Na decisão, Zavascki afirma que Cunha cobrou de Leo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, por ter pago, de uma vez, para Temer uma quantia na ordem R$ 5 milhões, tendo adiado os "compromissos com a turma, que incluiria Henrique Alves, Geddel Vieira, entre outros". Segundo o ministro, o ex-empreteiro pediu a Cunha que tivesse cuidado com a análise, pois poderia mostrar a quantidade de pagamentos dos amigos.

Em janeiro deste ano, foram divulgadas conversas entre Geddel e o ex-presidente da OAS que mostravam a atuação do peemedebista baiano em favor da empreiteira. Geddel, que  foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-ministro da Integraçaõ Nacional, teria atuado no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora envolvida no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo reportagem do jornal O Globo, em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), autarquia do Ministério da Integração Nacional, que havia sido demitido três meses antes. Os detalhes da interação entre Geddel e Leo Pinheiro constam em relatório da Polícia Federal que relatou as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca.

A reportagem do Bocão News tentou contato com Geddel Vieira Lima, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas.

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