Política

Para Lídice, articulação do impeachment se transformou no pior dos crimes

Publicado em 07/05/2016, às 12h59   Chayenne Guerreiro (Twitter:@chay.guerreiro)


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Presente no debate em "defesa da democracia e contra o golpe", nesta sexta-feira (6), na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, no bairro da Federação, em Salvador, a senadora Lídice da Mata (PSB) afirmou que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não tem justificativa legal. 
"Finalizamos as eleições de 2014 com a insatisfação do lado perdedor apontando que não aceitaria esse resultado. A partir de então, temos vivido um tensionamento do governo Dilma. Não se tinha um 'por quê' para o impeachment, mas ele já era falado pelo grupo golpista. Depois de muito procurar um pretexto, a oposição achou um dado pelo TCU presidido por um ex-membro do PSDB, com a rejeição das suas contas. A partir daí, toda uma articulação se deu transformando uma medida legal no pior dos crimes. As contas de Dilma ainda não foram totalmente rejeitadas, mas são colocadas como motivo para a queda da república", declarou.
Para a senadora, o processo presidido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é motivado por vingança. "O golpe se viabiliza como uma atitude infantil de vingança. É como se Cunha dissesse: não cairei sozinho levarei o governo comigo," afirmou.
Lídice reafirmou seu compromisso com a tentativa de parar o processo de impeachment da presidente Dilma no Senado. Segundo ela, o governo já dá como certo o afastamento de Dilma na quarta-feira (11), dia da votação. A estratégia seria tentar os votos a longo prazo. "Temos cinco votos hoje, mas ainda tem muitos senadores indecisos, se conseguirmos 20 anos e Dilma for afastada, temos seis meses para trabalhar e conseguir mais 8. Com 28 votos conseguimos parar com esse processo de impeachment", afirma.
Publicada originalmente às 19h de 06/05/2016

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