Política

Buarque não quer cargo no governo Temer e é contra PPS integrar gestão

Publicado em 09/05/2016, às 10h08   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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O senador Cristovam Buarque, ex-PT, ex-PDT e atualmente no PPS pelo Distrito Federal é a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que será votado nesta quarta-feira (11) no Senado e, se aprovado, implicará no afastamento da petista por 180 dias. Durante esse período, assume a Presidência da República o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que já está trabalhando montagem do seu ministeriado.

Participando do evento "O Novo Ciclo Desenvolvimentista da bahia, do Nordeste e do Brasil" na Associação Comercial da Bahia, em Salvador, Buarque afirmou que há uma expectativa de que a gestão de Temer possa ser melhor do que a de Dilma no quesito diálogo com o Congresso Nacional. "No diálogo, não tenho a menor dúvida de que o Temer será melhor. O que eu tenho dúvida ainda é se esse diálogo será com pessoas melhores. Essa é uma preocupação que eu tenho e vamos ter que esperar um tempo. Agora, ele faz muito mais diálogo do que a presidente Dilma", ressaltou o congressista em entrevista ao Bocão News.

O parlamentar, que foi ministro da Educação no primeiro governo do ex-presidente Lula, diz que não está aberto para negociação sobre eventual cargo na gestão Temer. "Eu disse ao próprio presidente Temer que não estarei disponível para ministério. Por mim, o PPS não ficaria dentro do governo, porque ao entrar no governo, e eu já vi isso com o PDT, nós nos apequenamos, nos acostumamos e nós deixamos de construir nossa própria alternativa", argumentou. A alternativa que o senador se refere a disputa pela Presidência em 2018, quando deve colocar seu nome na corrida pelo Palácio do Planalto.

Ainda ao defender que PPS fique fora do governo peemedebista, Cristovam Buarque afirma que o partido ficando independente, teria a oportunidade de se diferenciar das demais legendas esquerdistas. "Estamos tendo hoje escombro das esquerdas e o PPS poderia pelo menos ser o partido que deveria fazer florescer para surgir por dentro dos escombros como uma nova proposta. Mas entrando no governo, fica difícil", ponderou.

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