Política

Moro rejeita denúncia contra baiano executivo da Odebrecht

Publicado em 11/05/2016, às 07h36   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, rejeitou nesta terça-feira (10) denúncia contra o baiano Cláudio Melo Filho,
funcionário da Odebrecht, e o empresário Marcelo Odebrecht. Cláudio Melo é vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht em Brasília e foi denunciado no início do mês pelo Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba. Melo, proprietário do restaurante Soho em Brasília, é personagem conhecido dos bastidores da capital federal por defender os interesses da empreiteira junto aos parlamentares. Ele foi acusado pelo MPF de oferecer a Gim Argello propina de R$ 5 milhões para que o ex-senador blindasse os executivos da Odebrecht na CPI da Petrobras.
Conforme Moro, a denúncia não foi aceita por "falta de justa causa e sem prejuízo de retomada se surgirem novas provas". Ambos foram acusados de corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação.
Moro, no entanto, aceitou nesta terça-feira (10) a denúncia contra o ex-senador Gim Argello, preso em abril pela 28ª fase da operação, e outras oito pessoas. A partir de agora, Gim e os demais viram réus, passando a responder uma ação penal na Justiça Federal por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação.
Veja quem são os réus e os crimes que cada um responde:
-Jorge Afonso Argello (Gim Argello) - ex-senador pelo PTB - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais, organização criminosa e obstrução à investigação
-Jorge Afonso Argello Junior - filho do ex-senador - corrupção passiva e lavagem de capitais
-Paulo César Roxo Ramos - assessor do ex-senador - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Valério Neves Campos - ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-José Aldemário Pinheiro Filho - ex-presidente da construtora OAS - corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Roberto Zardi Ferreira - diretor de Relações Institucionais da OAS - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Dilson de Cerqueira Paiva Filho - executivo ligado à OAS - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Ricardo Ribeiro Pessoa - dono da construtora UTC - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Walmir Pinheiro Santana - ex-diretor financeiro da UTC - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
Com informações do G1 
Publicada originalmente às 17h do dia 10 de maio

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