Política

Deputados baianos criticam primeiras ações do governo Temer

Publicado em 18/05/2016, às 12h00   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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As primeiras ações do presidente interino Michel Temer (PMDB) têm causado reações nos políticos que agora se encontram no campo da oposição. Depois que o governo federal do PMDB revogou a construção de 11,2 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, incluindo 264 que seriam construídas na cidade de Alagoinhas, os deputados estaduais baianos Joseildo Ramos (PT) e Alex Lima (PTN) elevaram o tom contra a medida.

"É evidente que estamos em um momento de instabilidade política, mas a população não deve pagar a conta das brigas no governo federal. Em nome do nosso estado e de muitos nordestinos que sonham com a casa própria, afirmo que a Bahia não aceita ser retaliada dessa forma", afirmou o parlamentar do PTN. Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, Alex Lima defende outras formas de economia, sem alterar os programas sociais. "Se a revogação foi feita por falta de recursos para execução, sugiro que outros setores sejam revistos para que os programas sociais não sofram alterações. Espero que uma solução justa seja encontrada, pois as brigas políticas devem ficar de lado para que a população não sofra", disse o deputado.

Já o deputado federal e líder do PT na Câmara, Afonso Florence, afirmou que o governo interino está promovendo uma "verdadeira guerra contra os direitos sociais, econômicos e trabalhistas do povo brasileiro". "É um governo com um ministério só de homens, brancos, ricos, com muitos deles investigados na Operação Lava-Jato e que buscaram, como ministros, foro privilegiado", observou Florence.

O petista baiano apontou a área de saúde como um dos principais alvos do governo Temer e citou o exemplo em que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que quer acabar com o Sistema Único de Saúde (SUS) porque este não cabe no orçamento, além de ameaçar o Programa Mais Médicos, criado por Dilma e que atende a mais de 45 milhões de brasileiros. "É preciso garantir a continuidade do SUS e do Mais Médicos", defendeu o parlamentar. Ele também criticou o fim do ministério da Previdência Social, que agora virou mera repartição do ministério da Fazenda. Para Florence, com a visão privatista do golpista Temer, pesa uma grande ameaça aos aposentados e pensionistas do INSS. "Estão todos sob risco, é o prenúncio de cortes de recursos da Previdência", advertiu.

''Esse governo não tem legitimidade, é oriundo de um golpe na democracia e no mandato legítimo da presidenta Dilma", acrescentou o líder. "É um golpe na vontade dos eleitores que votaram no segundo turno, em 2014, numa política de continuidade da ampliação da oferta de serviços públicos'', protestou.

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