Política

Gabrielli rebate delação de Cerveró: 'ilações sem fundamentos'

Publicado em 03/06/2016, às 07h58   Redação Bocão News (@bocaonews)


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O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, rebateu, mais uma vez, as informações prestadas pelo ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, que o acusa de ter facilitado a transferência de propina para a campanha de Jaques Wagner em 2006, quando o petista disputou o governo da Bahia pela primeira vez.

“O delator Nestor Cerveró faz um conjunto de aleivosias e insinuações, sem nenhum fato concreto que indique qualquer comportamento ilegal e inadequado de minha parte", afirma Gabrielli em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Conheço o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner há muito tempo. É verdade. E isto não significa nenhum crime. A minha escolha para a sucessão de Jose Eduardo Dutra foi uma escolha dele e do presidente Lula", diz o ex-presidente em referência a indicação que Wagner fez sobre seu nome para substituir Dutra no comando da estatal.

Gabrielli diz também desconhecer a expressão “Republica dos Carangueijos”, nome dado, segundo Cerveró, ao grupo que indicou o ex-presidente para a Petrobras. 

"O Rogério Manso era diretor de Abastecimento na Diretoria do tempo de FHC e nunca teve, ao meu conhecimento, comportamento partidário, sendo claramente simpatizante do ideário do PSDB, com severas criticas ao PT. Na atividade de assessor não tinha ação direta sobre as chamadas operações de trading, mencionadas, sendo portanto uma ilação descabida", diz o ex-presidente. 

Cerveró também disse que a transferência da sede financeira da Petrobras para Salvador seria para atender a interesses políticos de Wagner e Gabrielli, mas o ex-presidente rebate. "A transferencia de parte das atividades financeiras para Salvador decorreu de um estudo da então Diretoria Financeira, que indicava a redução de custos para a companhia. Diferente do que insinua a confusa delação, esta transferencia ocorreu alguns anos depois da eleição de 2006, sendo concluída a construção do prédio, pela Petros, e não pela Petrobras em 2011, cinco anos depos das eleições referidas.

Gabrielli também criticou o teor da delação do ex-diretor de Abastecimento. "O disse-que-me-disse, o ouvir dizer, não tem fundamento que o proprio delator reconhece não saber em detalhes o que está insinuando, como comportamento inadequado. Não consegue identificar quem fez a operação fraudulenta, nem como ocorreu, porque simplesmente ela não existiu. Em suma, trata-se de um conjunto de ilações sem fundamento, que serão desmontadas inteiramente por qualquer investigação", defendeu-se.

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