Uma audiência pública acontece, na manhã dessa terça-feira (7), na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba) para discutir o uso do nome social para travestis, transexuais, mulheres e homens trans no acesso à Casa de leis.
Segundo o deputado estadual Bira Coroa (PT), autor da proposta, a intenção é usar métodos de reconhecimento já utilizados pela Secretaria Estadual de Educação nas cadernetas escolares e também em nível federal por ministérios em suas recepções. "Precisamos quebrar os tabus", ressalta o petista, lembrando a deputada federal Tia Eron (PRB), que é contra o uso do nome social para a comunidade LGBT, mas faz o uso em sua vida política. "Ela deveria usar Eronildes, já que é contra o uso", frisa Bira Coroa, que tem nome original Ubirajara.
O parlamentar diz que não se sente incomodado com o posicionamento conservador do colega deputado Sargento Isidório, que já reagiu contrariamente ao projeto no plenário da Casa e fez com o texto não entrasse em regime de urgência. "Isso não me incomoda. Queremos é fazer com que a igualdade seja respeitada. Se você for ver, ele já faz uso do nome social ao se declarar pastor e sargento Isidório. Aqui não é igreja, não é corporação militar. Agora, tem outra vertente que precisa ser observada. O deputado fala e se posiciona para um segmento mais conservador, para ganhar mídia. Ele está fazendo o papel dele", analisou Bira Coroa em entrevista ao Bocão News.
Já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de lei número 2348/2015 passará por mais audiências públicas nas comissões de Educação e na dos Direitos da Mulher. Nesta terça, o debate acontece na Comissão de Promoção da Igualdade da Alba.
