Política

Políticos baianos estão com as barbas de molho no PSD

Imagem Políticos baianos estão com as barbas de molho no PSD
MP investiga irregularidades na criação do novo partido  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/06/2011, às 07h58   Fidelis Tavares



Notícias dos santos, Paulo e Catarina ressoam na terra de São Salvador
Mesmo sob investigação do Ministério Público sobre supostas irregularidades no recolhimento de assinaturas para a criação do partido, em São Paulo e Santa Cataina, Gilberto Kassab, que deixou o DEM para criar o novo partido, afirma que tem quase 1,2 milhão assinaturas de apoio à criação do PSD.
Para obter o registro da legenda na Justiça Eleitoral Kassab precisará apresentar 490,3 mil assinaturas de eleitores, colhidas em pelo menos nove Estados. O prazo limite para que o PSD possa estar apto a disputar as eleições municipais de 2012 é 30 de setembro.
Em São Salvador da Bahia os políticos estão de orelha em pé. Na coluna Satélite, por Jairo Costa Junior, desta segunda-feira (20), duas notas chamam à atenção para o fato descrito acima.  As barbas de muitos políticos estão de molho. Será que o "santo" Kassab vai conseguir lançar o bote salva políticos? 


Medo do orfanato
A notícia sobre irregularidades na criação do PSD baixou a bola de um punhado de políticos baianos que já estavam de malas fechadas para pongar na caçamba do novo partido. É o caso de três deputados estaduais do PMDB: Alan Sanchez, Ivana Bastos e Timóteo Brito. O trio vivia reclamando alto da falta de espaço na legenda para justificar a saída, mas agora passou a adotar o tom da diplomacia. Os reflexos do recuo foram percebidos, de imediato, no cofre peemedebista, que voltou a receber a contribuição partidária dos parlamentares. Inclusive, parte das mensalidades atrasadas. A turma quer manter o atual abrigo caso a sigla afunde antes de nascer, por conta de denúncias sobre filiados mortos e de uma eventual CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo, cuja bancada de oposição quer investigar o uso da máquina da prefeitura paulistana em benefício da montagem do PSD.
Desenho arriscado
O temor do afogamento do PSD não é apenas dos políticos adesistas. O governador Jaques Wagner (PT) e o vice Otto Alencar (PP) também andam bastante preocupados com a probabilidade. O petista vê no novo partido a ferramenta ideal para tirar oxigênio político do presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PDT), cuja assanhamento em torno das duas próximas eleições acendeu o alerta vermelho no Palácio de Ondina. Caso o PSD saia do papel, sua bancada pode chegar a 14 parlamentares, um a mais que a maior de todas, a do PT. Juntas, e com o apoio de parte da base aliada, teriam força suficiente para colocar outro nome no comando da Casa após o fim do atual mandato. Já para Otto, líder estadual do embrião de legenda, tem nela o único trampolim para saltar sobre as estruturas de poder.

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