O ex-deputado federal e delator da Operação Lava Jato, Pedro Corrêa, relatou aos procuradores um esquema de corrupção vinculado ao programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, de acordo com informações publicadas pelo G1. Em depoimento, Corrêa disse que o Partido Progressista (PP), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foram beneficiados pelo esquema, que durou até 2013.
Segundo o site, a delação do ex-deputado Pedro Corrêa, que está preso desde abril de 2015 e já foi condenado a 20 anos de prisão, tem 72 anexos, cada um com um tema. A delação ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas, se o acordo for aceito, ele terá de pagar R$ 3 milhões de multa, permanecendo preso até março de 2017, quando passará a cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
De acordo com Corrêa, o esquema no Minha Casa Minha Vida teve como origem a indicação ao cargo de diretor de Produção Habitacional do Ministério das Cidades de Daniel Vital Nolasco, filiado ao PCdoB. O delator atribuiu ao ex-ministro Aldo Rebelo, do mesmo partido, a indicação de Nolasco para a função, e disse que ele tinha “pleno conhecimento” de que as nomeações dos partidos da base aliada eram feitas com objetivo de arrecadar propina.
Aldo Rebelo negou as afirmações de Pedro Corrêa e disse que irá processá-lo.
