Política

Solidariedade ameaça deixar a base de Temer

Publicado em 27/06/2016, às 18h25   Luiz Fernando Lima



O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi um dos principais entusiastas do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Transitava pela Câmara dos Deputados reverberando as conversas que teve o agora interino Michel Temer (PMDB) e com adversários da petista. Colocou a central sindical a serviço do impedimento e alinhou, inclusive, as reivindicações dos trabalhadores com a pauta da Federação das Indústrias de São Paulo.


Não obstante, esperava receber um ministério ou cargos no atual governo. Não se trata do fisiologismo tão criticado por ele mesmo quando da gestão do PT, mas a necessidade de participar de um governo que ajudou a construir. O argumento é o mesmo utilizado a gerações político partidárias de coalização na democracia brasileira.

Pois bem, hoje o Solidariedade, partido de Paulinho, deixou vazar a irritação com a demora para conseguir emplacar nomes no governo Temer. As negociações, conforme publicou a colunista da Veja, Vera Magalhães, não estão caminhando e já se ouve na bancada os “gritos” pelo rompimento com Temer.

Ameaças de ir para oposição são naturais na política nacional. O pouco tempo de governo Temer é que chama a atenção. Mas ainda há uma lacuna para preenchimento e contemplação. O Ministério do Turismo, vago desde a saída do investigado Henrique Alves (PMDB), pode ser a moeda, ou melhor, a porta a ser aberta para apaziguar os solidários de Paulinho.

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