Política

Léo Pinheiro acertou com Walter Torre propina de R$ 18 milhões no Cenpes

Publicado em 04/07/2016, às 12h51   Redação Bocão News


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O acerto de propina de R$ 18 milhões para que a empresa WTorre desistisse da obra de ampliação do Cenpes, no Rio, foi feito pelo presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e um dos donos da empresa, Walter Torre. É o que revela em detalhes o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, em sua delação premiada anexado aos autos da Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (4), conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo.

“O acerto final foi realizado pelo executivo Léo Pinheiro, da OAS, junto a Walter Torre, que aceitou a oferta de R$ 18 milhões em um encontro pessoal realizado num domingo”, diz o pedido de prisão e mandados de busca e apreensão que embasaram peração Abismo, com base na delação de Pernambuco Júnior e executivos do grupo. “O mesmo colaborador detalha ainda que, como conhecia Walter Torre em virtude de obra anterior em que consorciados, foi procurado pessoalmente pelo dirigente da WTorre e confirmou que o acordo por ele firmado com Léo Pinheiro seria cumprido, com pleno aval e conhecimento dos dirigentes das demais empresas consorciadas no Novo Cenpes”, aponta o documento.

O consórcio era formado pelas empreiteiras OAS, Carioca, Construcap, Construbase e Schahin. A Operação Abismo aponta propina de pelo menos R$ 39 milhões do grupo, para vencer as obras do Cenpes, com parte desse dinheiro destinado também ao PT, via ex-tesoureiro Paulo Ferreira, preso na etapa desta segunda-feira (4).

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