Política

Líder do PT, Afonso Florence acredita que Cunha não vai se salvar

Publicado em 07/07/2016, às 15h49   Luiz Fernando Lima



O líder do PT na Câmara dos Deputados, Afonso Florence, analisou a renúncia do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB) como um passo esperado dentro da tática do grupo de sustentação do presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

O anúncio da renúncia do peemedebista aconteceu na manhã desta quinta-feira (7) no Salão Verde da Câmara. De acordo com Florence, com o passar dos dias e as consequentes derrotas impostas pelos apoiadores de Dilma aos projetos de Temer, Cunha perdeu a serventia e, portanto, a melhor forma de ajudar “os golpistas era renunciando”, pois a permanência dele estava facilitando o trabalho de obstrução da oposição.


“Este governo só existe por causa de um impeachment aprovado por Cunha sem crime de responsabilidade. Tirar Cunha do foco agora era necessário para mudar o foco. Agora, tentarão colocar alguém do próprio grupo chamado Centrão para tocar a agenda golpista”.


O líder da bancada do PT revela que os parlamentares do PCdoB e do PDT devem se reunir na próxima semana para avaliar o cenário e decidir se terão uma candidatura própria para a presidência da Casa Baixa ou se apoiarão algum outro deputado.


“Nossa agenda é a da defesa da democracia e das prerrogativas da Câmara que com Cunha servia aos interesses do grande capital e do golpe. Estamos conversando. Tem setores como o PSB de Júlio Delgado que é do agrupamento ‘nem nem’, ou seja, nem Cunha e nem Dilma. Nós vamos estudar qual a melhor a estratégia”.


No que se refere à possibilidade de Cunha salvar o mandato de deputado, Florence analisa como pouco provável. “Ele não vai se salvar. André Moura é o líder do governo. Quando viu que ia perder o recurso na Comissão de Constituição e Justiça ele optou pela renúncia.”

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