Política

Candidatura de Alice a prefeitura de Salvador pode garantir seu futuro político

Publicado em 18/07/2016, às 23h00   Victor Pinto


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Muito além de querer se sentar na cadeira do alto posto do Palácio Thomé de Souza, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) mira 2016 com ares para o futuro. Em uma eleição dura, contra a reeleição do prefeito ACM Neto (DEM) que até então anda bem avaliado nos levantamentos, a comunista, de certo modo, tentará garantir sua sobrevivência política.

Basta analisar os números de votação da deputada para crer que a concorrência pela prefeitura, mesmo que não obtenha êxito, poderá ajudá-la a se manter com mandato ou até galgar um cargo maior na próxima chapa majoritária governista.

Os números, de acordo com os resultados das apurações no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), são os seguintes: em 2002, ela foi a terceira candidata mais votada em Salvador – um dos seus principais redutos políticos – com 69.683 votos e no geral contou com 121.043 votos. Em 2006, na capital, caiu pela metade: Alice obteve 30.027 votos e no geral foi eleita com 78.031. No pleito seguinte, 2010, obteve melhora: na capital teve 46.115 votos e no geral 101.588.

Contudo, na última eleição, em 2014, a comunista sofreu uma queda em seus índices e em Salvador viu seu eleitorado escorrer pelos dedos: neste ano teve 25.114 votos e a nível geral foram 72.682 votos, menos até do que 2006.

Para Joviano Neto, especialista político, a queda do eleitorado de Alice se deve ao aumento do número de candidatos do PCdoB. “Antes você tinha só Alice, agora você tem Daniel Almeida e Davidson Magalhães eleitos e esse eleitorado ficou mais disputado”, disse.

A projeção deste tipo é algo comum, conforme argumenta o especialista. “Isso é o que chamamos de recall. Os políticos sempre utilizam disso para garantir sua imagem e sua visibilidade”.

CADA TEMPO NO SEU TEMPO – O Bocão News procurou a deputada para comentar esse cenário. Alice afirmou que cada eleição é uma eleição. “Eu agora me coloco como uma alternativa para Salvador nesse processo eleitoral. Entro por decisão partidária e com a ideia de participação real, mas toda eleição você pode ganhar ou não. Mas o depois é depois. Os planos do futuro serão debatidos no momento certo”, declarou. 

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