Política

Marcelo Nilo quer acabar com férias de três meses

Publicado em 28/06/2011, às 09h45   Alessandro Isabel


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A polêmica envolvendo ás férias dos deputados estaduais tem dado muito trabalho ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Marcelo Nilo (PDT), que confessou em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na Rádio Sociedade, que tem lutado para diminuir de 90 para 45 dias o "recesso" dos parlamentares.

Segundo o presidente da casa, as “férias” parlamentar de 90 dias – 30 em junho, 30 em dezembro e 30 em janeiro – existem desde a constituição de 1988, e não é anticonstitucional, mas ele está lutando para diminuir o número de dias. “O recesso não é algo ilegal, mas confesso que estou lutando para cortar pela metade o número de dias – de 90 para 45 dias - mas estou encontrando resistência por parte dos companheiros que querem utilizar esse tempo para visitar as bases aliadas no interior do estado.”, afirmou Nilo.

Questionado por Zé Eduardo sobre o número excessivo de dias em que os deputados passam fora dos gabinetes, Marcelo Nilo, afirmou que os recessos realmente são acima da média nacional. “Concordo que o número de dias, em minha opinião, é excessivo. Mas essa situação vem desde 1988 e volto a frisar que estou lutando para acabar com isso. Mas o tempo que os deputados passam fora do gabinete também estão em trabalho.”

O presidente aproveitou a oportunidade para explicar que o parlamentar não trabalha apenas no gabinete da assembleia. “Todos tem que entender que os deputados não trabalham apenas em plenário. Mesmo em recesso toda a estrutura continua funcionando normalmente e mesmo fora dela, os políticos continuam atuando.”, finalizou.

Antes de encerrar a entrevista Zé Eduardo quis saber do presidente como está à situação do projeto de privatização dos cartórios. Ao falar sobre o assunto Marcelo Nilo foi bem objetivo. “Este é o projeto mais difícil de toda minha carreira como parlamentar. Em 20 anos eu nunca me deparei com situação semelhante. Já sentei e conversei com a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, que não concordou com o projeto. Ainda não chegamos a um denominador comum, mas temos que fazer o que for melhor para o governo, para o tribunal e principalmente para a população, pois os nossos cartórios estão numa situação vexatória e vergonhosa.”, concluiu Nilo.

Telma Brito quer que a privatização seja “gradual”, seguindo na medida em que os cartórios fiquem vagos, mas a maioria dos deputados prefere privatizar tudo de uma vez.  Nesta quarta-feira (29), às 14h, irão se reunir o presidente da assembleia, Marcelo Nilo, a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, e líderes partidários para definir a situação dos cartórios.

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