Política

Pressionado pelo PSD, Otto pode ser “obrigado” a votar pela cassação de Dilma

Publicado em 11/08/2016, às 16h50   Luiz Fernando Lima


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O senador baiano Otto Alencar (PSD) foi chamado pela direção nacional do partido após dar mais um voto contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O relatório do senador Antônio Anastásia (PSDB-MG) foi levado a plenário na última terça-feira (9) e Otto novamente ficou isolado na bancada formada por quatro legisladores do partido na Casa Alta do Congresso Nacional.

A direção partidária não gostou. Acredita que o fato de Gilberto Kassab ser ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e, portanto, compor o governo interino de Michel Temer (PMDB) faz com que o voto dado contra o impedimento seja, em última análise, uma escolha contrária a decisões partidárias. Entre quarta (17) e quinta (18) da próxima semana a direção volta a se reunir com Otto para decidir o caminho a ser adotado.

Otto descarta a possibilidade de se abster da decisão. Garante que não deixará de se posicionar e que terá que fazer uma escolha. No entanto, o senador ainda não sabe se haverá de fato uma determinação para voto favorável ao impedimento e em caso de enfrentamento, se haverá punição. No momento, não foram feitas “ameaças” para mudar os rumos da sigla na Bahia como chegou-se a especular na imprensa.

Ainda no que se refere à votação da cassação de Dilma Rousseff, que deve acontecer a partir do dia 23 de agosto, Otto ressalta que a causa é dada como perdida, inclusive, por petistas. A declaração do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) de que votará pela saída definitiva da presidente petista é a “pá de cal”. Na conta atual seriam 60 votos pelo afastamento contra 21 pelo retorno.

“O sentimento em Brasília é que não tem mais retorno. Ainda não sei como será o encaminhamento, mas estou refletindo sobre o assunto. Vou esperar a reunião com a direção e garanto que tomarei uma decisão. Deixo claro também que minha relação com o governador Rui Costa e com Jaques Wagner não mudará em nada independente do voto sobre impeachment”.

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