Política

Wagner confessa ter sido enfeitiçado pela Bahia

Imagem Wagner confessa ter sido enfeitiçado pela Bahia
Por isso, o carioca nunca mais voltou para sua terra natal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/06/2011, às 16h45   Luiz Fernando Lima



Em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (30), Assembleia Legislativa, onde recebe o título de Cidadão Baiano, o governador Jaques Wagner confessou ter se contaminado pelo feitiço baiano, razão que o manteve no estado desde1973. Durante o regime militar, para fugir da perseguição da qual era vítima por sua atuação política, o atual gestor aportou por aqui.

Natural do Rio de Janeiro, Wagner poderia ter retornado para sua cidade e concluído o curso de Engenharia abandonado, após a anistia política. Mas ele já havia sucumbido aos encantos da terra de Todos os Santos.


O título de Cidadão foi proposto em 2004 pela prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), quando ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa. Na época, o governador integrava a equipe do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como ministro da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Econômico.

Ao se mudar para a Bahia, Jaques Wanger foi trabalhar no Polo Petroquiímico de Camaçari, onde desenvolvia a atividade de técnico em manutenção. No movimento sindical conheceu os "companheiros" Moema Gramacho, e Lula, de quem tornou-se grande amigo. Wagner foi diretor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica), entre 1987 a 1989.

Em 1980 conheceu Lula em um congresso de petroleiros, época em que ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT), tendo sido um dos seus fundadores na Bahia e primeiro presidente do partido no estado e foi também um dos fundadores da Central Única de Trabalhadores (CUT) .

A solenidade de concessão do título de Cidadão Baiano ao governador Jaques Wagner aconteceu na Assembleia Legislativa e foi uma das mais concorridas dos últimos tempos. Na Mesa, além do agraciado, a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, o prefeito de Salvador, João  Henrique, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, além de outras autoridades.

Durante seu discurso, o governador agradeceu a homenagem prestrada pela "companheira" Moema, a quem está ligado desde os velhos tempos do sindicato. Falou da importância do estado na formação cultural e enalteceu as comemorações do 2 de julho. De acordo com ele, é um evento cívico diferente de todos os outros que acontecem no país, devido à participação do povo, que toma para si a luta pela independência do Brasil.

Wagner destacou ainda que, embora tenha esperado sete anos para receber o título, o "momento é o ideal, pois uma honraria desta natureza deve ser resultado do reconhecimento de serviços prestados". O governador não disse, mas insinuou que a sua reeleição pode ser interpretada como a certificação de que caiu no gosto do povo baiano.

A emoção marcou o discurso da prefeita Moema Gramacho que destacou a relação que a une ao governador, amigo de longas datas e de quem sempre merceu carinho e atenção.

Fotos: Roberto Viana / Bocão News

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