Política

Senadores divergem sobre resultado de julgamento de Dilma

Publicado em 26/08/2016, às 11h04   Luiz Fernando Lima - Direto de Brasília


FacebookTwitterWhatsApp

O segundo dia de julgamento da presidente Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade fiscal foi iniciado nesta sexta-feira (26) com um ambiente semelhante ao desta quinta (25). A disputa discursiva é simulacro, feita para entrar para história. Um dos poucos consensos entre os que defendem a cassação da petista e os que a defendem é que o cenário está consolidado e a margem para senadores mudar de posição é miníma.

De início, o senador Álvaro Dias (PV-PR) confirma a informação de que as pessoas já estão “com as posições arraigadas não havendo possibilidade de reversão. Isso significa que já há uma consolidação deste processo. Ele começou em novembro do ano passado. Aqui no Senado está desde abril. As perguntas já são conhecidas e as respostas também. Não há nenhum fato novo. Por maior que seja a capacidade de criação, não há como criar algum argumento novo que possa mudar uma posição já tomada”.

O senador Paulo Paim (PT-RS) diverge do adversário político apenas no que se refere ao cenário final. O petista afirma que existem oito votos flutuantes que podem pender para algum dos lados e que a ida da presidente afastada Dilma Rousseff na segunda-feira (29) é um fato novo. “O mundo todo estará de olho no Brasil neste dia. Somos a oitava economia do mundo e mundo sabe que está acontecendo um ataque à democracia brasileira. Não gosto de me referir a golpe. O ataque não é somente à presidente e sim à população”.

Álvaro Dias rebate o último argumento de Paim quando diz, assim como outros senadores que apoiam a condenação de Dilma, que a presidente afastada é a ré deste processo e o “povo é a vítima”. Sobre a ida da petista ao Senador, o senador do Paraná diz que “ela (Dilma) será julgada pelos atos praticados e não pelo que possa dizer. Os senadores já definiram seus votos, portanto seria muito difícil a presença da presidente mudar isso”.

As oitivas das testemunhas de defesa da presidente Dilma devem começar no final da manhã desta sexta. O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, pediu a retirada da professora Esther Dweck da lista de testemunhas. Solicitou ainda a mudança de classificação de Ricardo Lodi Ribeiro de testemunha para informante.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp