Política

Ex-presidente da OAS confessa crimes e envolve governo Dilma na Lava Jato

Publicado em 13/09/2016, às 17h43   Redação Bocão News


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O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, afirmou durante depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, nessa terça-feira (13), que o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini teria participado de reunião na casa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) para conversar sobre uma blindagem ao governo e às empreiteiras nas investigações da CPMI da Petrobrás, em 2014. Léo Pinheiro teria pago propina de R$ 350 mil ao ex-senador Gim Argello.

Pela primeira o empreiteiro confessa crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás. Ele confirmou os crimes narrados pela força-tarefa da Lava Jato de propinas pagas para parlamentares para blindar investigados na CPMI, e citou a participação de outros executivos e de um ex-ministro do governo cassado.

“Fui convocado para um encontro na casa da senador Gim Argello, e lá chegando estavam presentes o senador Vital do Rego e para minha surpresa estava presente o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma, o ministro Ricardo Berzoini. Eu fiquei surpreso, eu não conhecia pessoalmente.”

Léo Pinheiro confirmou ainda terem participado executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, entre outras empresas da área.  “O ministro (Berzoini) relatou que era uma preocupação muito grande do governo da presidente Dilma o desenrolar dessa CPMI e gostaria que as empresas pudessem colaborar, o quanto possível, para que essas investigações não tivessem uma coisa que prejudicasse o governo.”

Durante o primeiro interrogatório, o executivo da OAS, ficou em silêncio, sob alegação de que ‘por orientação dos advogados’ não responderia a nenhuma pergunta.

Condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, Léo Pinheiro teve a delação premiada suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A suspensão teria sido feita após Léo Pinheiro ter citado informações sobre o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, o que foi negado pelo procurador-geral.

Assista ao depoimento:

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